quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pombos preocupam a população e a Secretaria de Saúde




A Secretaria de Saúde de Nova Friburgo está preocupada com o grande número de pombos nas ruas da cidade.  Essas aves transmitem zoonoses, através de fezes e secreção, como a histoplasmose, criptococose, salmonelose, psitacose, dermatites e alergias respiratórias. Esses animais, provenientes do Mediterrâneo, cujo nome cientifico é Columba lívia foi introduzido no Brasil no século XVI, como ave doméstica. Adaptou-se ao ambiente urbano e por isso, é caracterizado animal sinantrópico. Nas cidades, eles são alimentados direta ou indiretamente pelo homem e têm a sua reprodução propiciada pelas construções e habitações humanas.


O Secretário de Saúde e pneumologista, Dr. Renato Abi-Ramia, orienta e explica a população quanto às doenças que podem ser transmitidas por pombos: “As principais doenças transmitidas por essas aves, através de suas fezes, secreção e penas são: Criptococose, causada por um fungo chamado Cryptococcus neoformans, que atinge principalmente as pessoas com imunodepressão (Ex: AIDS), levando a uma grave meningite e também pneumonia. A histoplasmose também é causada por um fungo, Histoplasma capsulatum, que provoca infecção de diversos tipos, podendo ser assintomática ou causar pneumonia de gravidade variável. A psitacose é causada por uma bactéria chamada atípica, Chlamydia psittaci, que leva a um quadro infeccioso agudo com febre e dor de cabeça e também pneumonia, cujo tratamento é feito com macrolideos ou tetraciclina. As salmoneloses são causadas por bactérias, por contaminação de água e alimentos pelas fezes dos pombos, levando a um quadro de vômitos e diarréia auto limitado. Além disso, existem vários tipos de alergia, tais como dermatites, crises de asma e de rinosinusite.”, explicou o secretário.  


O controle e manejo da população dessas aves no município, são dificultados pela alimentação e abrigo facilitados pela população, o simbolismo religioso que ele possui e a impossibilidade de controle biológico e químico, pois estes não possuem aqui predador natural e são protegidos pela Lei Ambiental Nº 9605 de 12/02/1998 ( Artigo 29, parágrafo 3º ) e a inviabilidade de transposição por sua capacidade de retorno ao local de origem.  A Fundação Municipal de Saúde, através da Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental, realiza um trabalho de orientação para que a população não alimente essas aves afim de evitar a proliferação das mesmas. Mas de nada adianta o trabalho de limpeza e informação se a comunidade não se conscientizar para esse assunto.


Com todas essas doenças e os riscos de contaminação por causa dos pombos, o secretário faz um apelo à população friburguense: “Precisamos da inestimável e insubstituível contribuição da nossa população que não deve alimentar os pombos, pois desta forma eles não irão se reproduzir com grande facilidade, além das proteções específicas para evitar o pouso desses animais nos telhados e as feituras de ninhos.”, concluiu.


 Os pombos em grande número espalhados por várias ruas não é um problema apenas de Nova Friburgo, é possível vê-los em muitos municípios, porém cabe a todos a conscientização. Não deixar e nem jogar restos de comida ao ar livre para que os animais se alimentem e mantenham seus ninhos com mais facilidade. 




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